segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O ano velho.

Olá, meus queridos amigos companheiros de mesa de bar.

Ao ler em outro blog, me deu vontade de postar uma restrospectiva desse ano de 2009.

Seguindo o modelo postado pela Carol, vamos aos fatos importantes ocorridos neste ano.


- Melhro Filme: G.I. Joe. Bem, o melhor talvez por ser tudo o que eu esperava e uma volta ao passado, pois passei minha infância brincando com os bonecos do Comandos em Ação.

- Melhor Música: Map Of The Problematique(Muse). Dentre tantas, que eu posso citar, tais quais The Masterplan(Oasis), Starlight(Muse), Pode Agradecer(Jay Vaquer), The Distance(CAKE), Cecília(Chico Buarque), Dirty Magic(Offspring), acho que essa mais me marcou. Entre outras sensações, ela eleva a minha confiança.

- Melhor Show: Oasis. Simplesmente indescritível, um evento inenarrável. Eternamente nas minhas lembranças.

- Melhor Livro: Genealogia da Moral - Uma Polêmica(Friedrich Nietzsche). Lições que eu sempre levarei na minha vida.

- Melhor Ensinamento: Às vezes nós temos que dar prioridade ao que precisamos, e não o que queremos. Pensando assim que consegui me desvencilhar de algumas coisas e pessoas que impediam meu crescimento.

- Melhor Companhia: Rômulo. Amigo e mentor. Não importa o problema, sempre me levanta. De longe, é a pessoa que melhor me conhece.
Devo salientar pra uma pessoa especial que só esse ano fui conhecer, a Celeste, que também sempre esteve presente nos momentos bons e ruins da minha vida, sempre me oferecendo uma excelente companhia. Obrigado à vocês dois. Vocês foram importantíssimos esse ano.

- Melhor Surpresa: Raquel e Carol. Num ano imerso à frustrações, duas maravilhosas supresas.

- Melhor Notícia: Vascão na primeirona de novo.

- Melhor Conquista: Com o decorrer do ano, fui adquirindo domínio sobre minhas atitudes. Deveras, minha melhor conquista.

- Melhor Encontro: Acho que todos que eu tive a possibilidade de abstrair foram essenciais.

Entre outras coisas...

2009 foi um ano bem equilibrado.
Coisas boas em quantidade, coisas ruins em intensidade.
Tenho o que reclamar, mas tenho a agradecer também.

Como eu passei a maioria do ano reclamando e quem convive perto de mim sabe, hahaha, vou tirar esse texto apenas à agradecer a todas as pessoas que de alguma forma foram importantes pra mim esse ano.
À todos os meus amigos, tudo de bom pra vocês.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Retorno!

Muito bem, meus prezados amigos, eis-me aqui de novo.

Na verdade não tenho muito o que dizer, isso é apenas pra ilustrar meu retorno às atividades desse blog.

Vou deixar um texto aqui, só pro post não ficar desnudo.

Agradeço à todos que sempre vieram aqui, mesmo poucos, mas sempre consideráveis. =D



"Fui compreendido?
O que me separa, o que me põe à parte de todo o resto da humanidade, é ter desvelado a moral cristã. Para isso era-me necessária uma palavra que mantivesse o sentido de um desafio a cada homem. Não haver antes aberto os olhos para isso parece-me a grande impureza que a humanidade tem na consciência, como automistificação tornada instinto, como radical vontade de não enxergar nenhum acontecimento, nenhuma casualidade, nenhuma realidade, como falsificação in psychologicis que chega ao crime. A cegueira ante o cristianismo é o crime par excellence - o crime contra a vida.

Os milênios, os povos, os primeiros e os últimos, os filósofos e as mulheres velhas - excluindo cinco, seis instantes da história, eu como sétimo - nesse ponto são todos dignos uns dos outros. O cristão foi até aqui o "ser moral", uma curiosidade ímpar - e, como "ser moral", mais absurdo, mendaz, vaidoso, leviano, mais prejudicial a si mesmo do que o maior desprezador da humanidade se ter permitido sonhar.

A moral cristã - a mais maligna forma da vontade de mentira, a verdadeira Circe da humanidade: o que a corrompeu. Não é o erro como erro que me assusta à visão disto, não a milenar falta de "boa vontade", de disciplina, de decência, de valentia nas coisas do espírito, que se revela em sua vitória - é a falta de natureza, é o fato terrível inteiramente de que a própria antinatureza recebeu as supremas honras como moral, e como lei, como imperativo categórico, permaneceu suspensa sobre a humanidade!..."

Friedrich Nietzsche, em Ecce homo, 1888.

domingo, 5 de julho de 2009

As aparências

A vida de aparências nunca é reconhecida por quem a vive. Os motivos eu não sei, talvez por vergonha, por achar errado passar para os outros um alguém que você não é, passar para os outros uma imagem de vida que você não tem.
Isso pode ser um motivo, mas, exatamente, eu não sei qual é, até porque eu estou prester a reconhecer essa minha vida de aparências.

Mas eu sou diferente dos outros. A minha principal razão para aparentar alguém que eu não sou não é para os outros, e sim pra mim. Essa talvez seja a pior variação desse distúrbio, haja vista que o afetado sou eu mesmo. Em contra-partida, pode ser a mais nobre, já que, no meu caso, é um esforço pra me tornar algo que eu realmente sei que posso ser. Isso gera intrepretações.
Pode-se pensar que o que acontece nesse caso não é uma ao verdadeiro ser, e sim uma forma de estímulo para que eu possa seguir meu acminho e ir em busca dos meus ideais e tornar-me quem eu sei que posso ser. Mas exatamente passa longe disso. Não existe hoje ninguém que eu conheça menos estimulado que eu.

Eu tenho 22 anos e mais nada. Eu tenho uma cabeça pensante que às vezes se volta contra mim e me torna um obstáculo quase intransponível pro meu próprio desenvolvimento. Encontrei meu caminho acadêmico, a minha vocação profissional, mas não tenho ânimo pra me dedicar à ela. Tenho amigos que, no momento, não atendem ao que preciso, não me oferecem abrigo nem companhia adequada. Mas não tenho razão para culpá-los. Todos têm suas vidas. Mesmo assim, dificilmente entenderiam, com exceção de algumas pessoas, como Rômulo, meu mestre e mentor, e Celeste, que no momento, talvez, seja a pessoa que sempre me oferece o que eu mais tenho necessitado, que é atenção, e só eu sei o quanto ela tem sido importante.

Mesmo assim, nessa vida de aparências, que não passa de um erro vulgar, que nos persegue a noite inteira e quando acaba a bebedeira, ele consegue nos achar num bar, com um vinho barato, um cigarro no cinzeiro e uma cara embriagada no espelho do banheiro, eu sigo a minha vida com esse meu carma.

sábado, 16 de maio de 2009

O Aniversário

Parabéns para mim, nessa data querida. Muitas felicidades e muitos anos de vida.

Bem, meus queridos amigos, vos confesso que esse foi o melhor e o pior de todos meus aniversários.
O melhor por causa do Oasis, se dúvida. Acho que esse foi um dos melhores presentes de aniversário que eu tive. Só não foi o melhor graças a minha querida ex-namorada Carolina, que nos nossos tempos dourados me proporcionou as melhores sensações que eu tive até hoje, e, sem dúvida alguma, as mais marcantes, pra nós dois.


O pior por um triste percepção.
Durante toda minha vida, eu fui tratando como o menino prodígio, aquele que tinha um potencial imensurável. E isso foi sendo comprovado com o passar dos anos.
Sempre estudioso, dedicado, responsável e centrado.
O tempo tratou de mudar isso. Não sei quando nem como, mas isso está enterrado. Embora eu esteja à procura do que perdi com o tempo.

Mas e a tal percepção?
Pois bem, ontem, 15 de maio de 2009, eu completei 22 anos.
22 anos bem vividos? Depende dos olhos de quem vê. Aos meus, não.
22 anos bem investidos? Com certeza não.

O que eu quero dizer é que, mesmo o tempo tendo tirado essas minhas características, meu potencial segue inalterado.
Eu tenho certeza que se eu me esforçar, conseguirei o que eu quiser.

"Então, eforce-se, Caio."
Simples assim? Não pra mim. Pra mim nada é sempre simples. Eu tenho o talento de dificultar as coisas.

O que acontece, na verdade, e chegamos ao ponto que eu queria, é que eu não tenho me sentido estimulado. Não que me falte objetivos, mas sim estímulos pra que eu corra em direção à eles, já que como eu disse, posso conseguir o que eu quiser, e quem me conhece sabe que eu sou extremamente ambicioso.

Dinheiro, mulheres e bebidas.
Dinheiro: muito. Com dinheiro, realizarei todos os meus objetivos materiais.
Mulheres: muitas hoje, uma só amanhã. Casamento é uma das minhas metas primordiais.
Bebidas: não podem faltar.

Não posso me queixar de oportunidades, haja vista que meus pais se fodem pra bancar meus estudos, que, quando concluídos, poderão me render bons frutos.
Mas tudo que foi citado anteriormente já não me estimula mais.
Quero ter dinheiro, mas não me esforço pra isso.
Quero ter uma mulher do meu lado, a mulher que eu escolhi pra compartilhar a minha vida, mas não corro atrás.

Me faltam estímulos. Mas como eu posso me estimular? O que eu tenho que fazer?

O que eu consegui até agora?
22 anos se passaram e eu não tenho nada. Cada vez que eu abro a mão pra contar quantos anos tenho, o tempo escorre entre os meus dedos.

Como vocês puderam perceber, eu estou um tanto quanto confuso, já que esse assunto tinha tudo pra render um ótimo texto e eu estraguei, escrevendo essa merda.
Mas pelo menos deu pra desabafar.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Valor

Bem, quem leu o meu último texto, entenderá esse.

O que aconteceu nessas últimas semanas me fez abrir os olhos pra quem realmente merece minha atenção.

Essa decepção fez com que eu percebesse o caos que minha vida seria se eu continuasse com essa ilusão.
Pois bem, nada que uma conversa pra esclarecer muitas coisas.
Durante muito tempo tive a Tati como minha concepção de mulher.
Mas por quê?
Sinceramente nem eu sei responder.
Mas ela tinha inúmeros defeitos que eu abomino numa pessoa, que nela eu simplesmente não enxergava.
Mas qual a causa de tudo isso? Qual é o motivo disso?
Amor?
Sim, amor.
Mas baseado em quê esse amor?
Óbvio que em ilusão.
Ilusão em achar que ela era a mulher da minha vida, em achar que ela me completaria, em ver todos esses defeitos nela e simplesmente ignorar.

Mas há luz no fim do túnel pra isso?
Pra mim houve, e ela se chamou Rômulo.

Uma ida pra Niterói e tudo se resolveu.
Meu “mentor intelectual” me fez perceber que tudo isso era só platonismo.
Eu tinha criado uma imagem dela completamente avessa do que ela realmente é e isso mantinha esse suposto amor que por ela eu sentia.

Eu a superestimei. Dei mais valor do que ela merecia.
E, depois de tudo isso que aconteceu, percebi que estava tirando de quem merecia e dando pra quem não merecia.

Pra todas essas pessoas que eu não tratei como deveria, e não são poucas, que sempre estiveram do meu lado e fizeram-me sentir querido e sempre acreditaram em mim, fica o meu muito obrigado.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A Decepção

Como dói uma decepção, não?
Ainda mais quando se trata da pessoa que você mais ama.

Pois bem, vamos à história desde seu início.

No fim de 2002, aceitei um convite feito por um produtor e um diretor de teatro pra ingressar na companhia deles.
Lá conheci diversar pessoas que viriam a se tornar grandes amigos.
Conheci também uma, na época, menina. E que menina. Minha concepção de beleza. Amor à primeira vista? Talvez à quarta ou quinta, pois demorei pra repará-la.
Nesse período nos falamos pouco, principalmente por causa minha timidez.
Em 2003 nos aproximamos e nos tornamos amigos.
E meu amor por ela foi aumentando mais e mais.
Fazíamos coisas juntos, conversávamos, saíamos às vezes, tínhamos até um grupinho de teatro paralelo. Fizemos apresentações por ele e tudo mais.
Mas como dizer pra pessoa que a gente ama que a ama?
A resposta não é tão simples quanto parece. Principalmente quando se tem dificuldade de expressar seus sentimentos, como eu.

Ainda no ano passado, ocorreram fatos lamentáveis para dois amigos em especial.
Meu irmão, o "pegador" da companhia, pregou duas peças em dois grandes amigos dele, e meus também.
O primeiro a sofrer foi Marcos Paulo, que, não sei se sabe, foi a primeira vítima, vendo a menina dos seus olhos, Letícia, nas garras desse lobo disfarçado de ovelha.
Seguido, logo depois pelo Thiago, que se entristeceu ao saber que sua querida Isabella foi fisgada pelo pescador macabro.

"Me preocupar pra que, ele é meu irmão. Nunca faria isso comigo." Um pensamento natural, não?

Foi pensando assim que levei minha vida, cada vez mais apaixonado e meu irmão cada vez mais informado.

Depois de um tempo, tive coragem de dizer à ela que a amo. Mas ela não correspondeu.

Como uma relação de amizade comum, eu e Tati tivemos nossas brigas, claro. Muitas, diria eu a maioria, por besteira de ambos os lados.
Numa dessas brigas, em um ensaio do nosso grupo de teatro paralelo, ficamos um tempo sem se falar.
Num outro ensaio, fomos embora juntos ela, meu irmão, Marcos Paulo e eu.
Marcos foi o primeiro a saltar.
Meu irmão do lado da Tati e eu observando as coisas em minha volta.
De relance, olhei pros dois e meu irmão estava dizendo alguma coisa no ouvido dela. Cheguei mais perto pra ouvir também e percebi que ele estava cantando "Só Hoje", música do JQuest romântica e ótima se você quer azarar.
Meu sangue ferveu, mas mantive a calma.
Ao chegar perto de onde ela saltaria pra pegar outro ônibus, ele disse pra eu ir com ela, e eu disse que não ia.
Lá foi ele com ela e eu pra casa.

Algumas semanas depois, na companhia de teatro, onde têm fofoqueiro e pessoas que gostam de intrigas naturalmente, estávamos conversando sobre quem pegou quem na Multiface(nome da companhia de teatro).
Como não gosto de falar das pessoas que eu fico, me mantive calado, só ouvindo.
Eis que chega na vez de falarem do meu irmão.
Nomes como Letícia, Isabella, Lucy, Tábata e Tati foram mencionados.

"PERA AÍ, TATI?" Pensei comigo mesmo.
Não é possível.

Depois da aula, fui pra casa.
Quando cheguei lá perguntei pra ele, óbvio:
"Marcelo, você ficou com a Tati?"
Ele olhou no fundo dos meus olhos e disse, com essas palavras:
"Claro que não! Eu jamais faria isso contigo."
Sabe aquela sensação de alívio? Ela me tomou nesse instante.

Muito tempo depois, eu não lembro o que tinha acontecido, mas eu e a Tati tivemos uma conversa seríssima.

Acabou que chegamos nesse assunto. Perguntei pra ela se ela já tinha ficado com meu irmão.
Quando ela disse sim, tudo na minha volta desmoronou.
Ela me pediu desculpas, disse que estava arrependida, que eu não merecia nada do que ela fez comigo.
A única coisa que estava na minha cabeça era "Claro que não! Eu jamais faria isso contigo."

No dia seguinte, sentei pra conversar com meu irmão. Lembro como se fosse ontem.

"Marcelo, sabe o que a Tati me disse?"
"Não, o que?"
"Ela disse que vocês ficaram. Por que você fez isso? E por que você mentiu pra mim?"

Maturidade nunca foi uma qualidade dele, e todo mundo sempre me elogiava por ter uma cabeça muito melhor que a dele.

Olha o que ele teve coragem de me responder:
"Cara, a carne é fraca. Ela se jogou em cima de mim e eu não resisti. E tive que mentir pra você, caso contrário você pararia de falar comigo e minha mãe ia ficar triste com a gente."

Na época ele tinha 21 anos e eu 16.
Ficamos quase um ano sem se falar.
Perdi toda a confiança que eu tinha nele e isso tudo criou um abismo entre nós.

E quanto a Tati? O que eu posso dizer? Eu sou um otário.
A desculpei e continuamos amigos. Só que o tempo se encarregou de nos tornar os melhores amigos que tínhamos.
Vocês não sabem o quanto é difícil ser amigo de quem queremos que seja nossa mulher.

Anos se passaram e o meu amor por ela estagnou. Não aumentou, mas também não diminuiu. Me conformei em ser apenas amigo.
Fiquei com outras pessoas, namorei sério por mais de um ano e sempre gostando de verdade dessas mulheres que pela minha vida passaram. Eu sei bem separar essas coisas e não ficaria com ninguém sem gostar.

Mas eu sempre tive esperanças que meus esforços como amigo fossem, de fato, reconhecidos pela Tati. Não foram.

Do final do ano passado pra cá, percebi que não tinha me conformado em ser só amigo. Eu queria mais, como sempre quis.
Foi duro agüentar as palavras dela me falando sobre os amores que pela vida dela passaram. Mas tive que suportar, né?

E ontem foi o derradeiro dia.
No sábado ela dormiu aqui pra nos ajudar no "Open House". Só que eu sou muito enrolados e acabou que atrasamos tudo, por minha causa.
Quando eu ainda estava buscando algumas coisas que faltavam, ela foi embora.

Ontem conversamos e ela me explicou o porquê, dei razão à ela.
Só que eu tinha que perguntar o que eu significava pra ela, se ela me via como homem e tudo mais.
"Você o meu melhor amigo, alguém que eu sei que sempre poderei contar e que sempre me dará bons conselhos."
"Caio, não. Você é meu amigo e não consigo te ver de outra forma. Infelizmente você terá que se conformar em ser só meu amigo, por que nunca será nada além disso."
Bem, de certa forma eu já esperava por isso.
Só que eu, não sei por que, perguntei se ela sentia alguma coisa pelo Marcelo de novo.
Bem, na verdade eu sei sim. Um amigo me disse que ela havia passado a mão na barriga do Marcelo. Se uma mulher passa a mão na barriga de um homem, alguam coisa ela quer.

"Não!
Fiquei com ele uma vez e não gostei. Não rolou química nenhuma."
"Tá, e se hoje rolasse química, você ficaria com ele de novo?"
"Não posso te responder algo que não estou vivendo."
"Hipótese. Se rolasse alguma coisa entre vocês, você ficaria com ele?"
"Claro que sim. Não tem nada que me impessa."
"Porra! Isso quer dizer que você não dá a mínima pra mim, pelo que eu sinto por você."
"Caio, não vou deixar de fazer o que eu quero por sua causa."

Foi o suficiente.
Ouvir da mulher que você ama, que também te ama mesmo que um amor amigo, que ela não tem o mínimo de consideração por você é como ficar sem teto.
Pra realçar bem como eu me senti, pareceu que eu estava preso na guilhotina e o carrasco soltou a lâmina.

Nunca me senti tão mal.
Sempre fui o melhor amigo dela, nunca deixei ela de mão. Abdicava do meu bem-estar pelo dela.
E ela sempre disse que também era minha melhor amiga.
Mas o que parece é que ela nunca foi sequer minha amiga.

Nem UMA gota de consideração por mim, nem UMA.

Já passei por momentos difíceis na minha vida, traições e outras coisas.
Mas NUNCA, NUNCA me senti tão mal quanto estou me sentindo.

Sinceramente não sei como será daqui pra frente.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A mudança

Antes de mais nada, isso não tem nada a ver com a minha independência recentemente conquistada. Pois é, meus nobres amigos, estou livre do meu seio familiar.

Me refiro à mudança psicológica, à maneira de ver as coisas.
Conheci, há um tempo atrás, por intermédio de minha prima, duas pessoas que mais tarde viriam a se tornar meus tutores.
Pois bem, esse texto que segue, escrito por um de meus tutores, reflete muito isso.


"Mudança

Olhar o mundo em nossa volta pode parecer algo simples e rotineiro, porém enxergá-lo, de certo não são todos que conseguem desfrutar de tal "visão".
Visão esta que fere os meus olhos e com uma força devastadora invade a minha mente gerando conflitos, dor, fazendo-me repensar e criticar toda a minha existência.

Por que? O que? Como?
São questionamentos constantes em minha mente.

Enxergar esse mundo é algo doloroso, de fato, mas a satisfação em entendê-lo pode compensar, as vezes.

Por muito tempo me posicionei como todo mundo em relação à vida, posto que vivê-la para mim estava de bom tamanho. A partir do momento em que descobri meu "mestre intelectual" comecei toda uma revolução em minha psiqué, trazendo-me um mundo novo, sujo, fútil, pequeno, pobre.
Que mundo é esse? Por que só agora percebo a real forma do meio em que vivo? Valores morais? Valores sociais? Ética?
Algumas das inúmeras perguntas que me fiz e ainda faço diariamente.
Sim! O mundo em que vivemos é terrível, degradante, perverso. Para poucos vos digo, que possuem a capacidade mental de vê-los com os "olhos da mente", ou seja, aqueles que se dispêm de valores antiquados e manipuladores, e se deixam levar pelos questionamentos mais complexos e se dispõem a analisá-los.
Análises tais que podem levar uma vida inteira e desgastá-la a ponto de achar que a melhor solução é se entregar a esse mundo e viver uma vida ignorante, liquidada, fraca.
Concordo que viver uma vida ignorante é viver uma vida feliz, de fato é muito mais fácil aceitar essa realidade. Porém sentir o sabor da descoberta do seu "eu interior" e o que ele pode representar de "mal-estar" no mundo, por mais complexo que venha ser, remete uma sensação de prazer tamanha que vale a pena todo sofrimento."

Por Rômulo Ferreira.


Então, esse texto significa muito pra mim, pois além de ter me identificado bastante com ele, foi escrito pelo meu "mestre intelectual".

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Desafio

Fui desafiado pela minha dileta amiga Juliana a colocar a quarta foto da minha quarta pasta.

Pois bem. Desafio aceito. E tem que ser feito da seguinte maneira:

1. Ir até a quarta pasta, no meu pc, onde minhas imagens estão arquivadas;

2. Pegar a quarta foto, desta quarta pasta;

3. Explicar a foto;

4. Escolher quatro pessoas para fazer o mesmo.

Esse último eu vou deixar pra lá. Não sei por quê, mas deixa pra lá...



Muito bem, vamos à explicação.

A foto não é nada além do que parece. Uma praia com a areia cheia de lixo, água suja e o tempo encoberto. Nada além disso. Essa foto foi tirada no Carnaval do ano passado, não por mim.

sábado, 10 de janeiro de 2009

A estatística

- Caio, você é muito frio.

É, talvez eu seja. Mas ficar sem intenet há quase duas semanas altera meu humor.

O que aconteceu foi o seguinte. No dia 28 de dezembro minha internet simplesmente caiu. Como eu viajaria no dia seguinte, não fui procurar o rapaz que a mantêm.
Quando cheguei dia 2 de janeiro, entrei em contato pra saber o que aconteceu com minha conexão e ele disse que resolveria logo.
Mas nos dias que sucederam eu mal parei em casa. Mas do meio dessa semana pra cá, eu precisei muito da internet e o cara ficou me enrolando.

Ontem à tarde eu estava em casa entediado. O tempo foi passando e a noite caindo. Comecei a ver “Eu, a patroa e as crianças” puto da vida, pois estava tocando funk e alto no bar em frente à minha casa. De repente o som para e, minutos depois eu ouço “pá, pá, pá, pá, pá”.
“Deve ser algum idiota estalando a moto.
Terminei de ver o programa e saí pra rua. Quando eu abro o portão, vejo o bar fechado, muita, mas muita gente mesmo na frente do meu portão e uma ambulância da Defesa Civil.
Encontro o meu pai e pergunto o que aconteceu.
“O Max matou o Perreca”.
“E minha internet, falou com o Carlos?”, perguntei.
“Falei com ele e ele disse que virá amanhã(hoje).”

Pasmem, meus caros. O próprio pai matou o seu primogênito.

Fui pro trailler de lanches de um amigo mas ele não estava lá. E minha rua enchendo cada vez mais.
É impressionante como as pessoas são fofoqueiras. Gente que eu nunca vi na minha vida, que nunca pisou na minha rua tava no meu portão olhando o corpo do pobre rapaz, que nessa altura já estava coberto.

Meu amigo, dono do trailler, chegou e pediu que eu o acompanhasse até a cena.
Fomos até lá, vimos e voltamos pro trailler.
“Não to acreditando nisso.”, disse ele.
“É, seu amigo virou estatística.” eu disse.
“Caio, você é muito frio.”

De fato, eu sou muito frio.

Mas saibam o que aconteceu, pelo menos as informações que chegaram aos meus ouvidos. Mas antes saibam que eu só conhecia o assassino de vista e a vítima por educação.
O Perreca, assim conhecido por todos(não sei o nome dele), colocou funk na máquina jukebox do bar. Só que o pai dele, Max, matador cuja fama é conhecida por todos, levantou-se e simplesmente desligou o máquina. O pobre menino Perreca foi tirar satisfação com o pai, falando coisas do tipo “você é dono do bar?”, “os incomodados que se mudem” e “você pensa que é muito homem, né?”.
Max levantou-se, novamente de sua cadeira, e foi pra casa. Um tempo depois, chegou ao bar de carro, adentrou o recinto e sapecou cinco tiros no próprio filho e disse “Isso é pra você saber quem é o ‘brabo’ daqui.”. Como se o pobre rapaz, já falecido, pudesse ouvir.

Mas uma coisa me chamou a atenção. Todos os crentes que eu conhecia estavam lamentando a morte do sujeito.
E eu vos pergunto, se Deus tem poder sobre nós, isso não significar que ele não tinha mais planos para a vida do menino Perreca? Ou quem sabe ele encurtou a existência do rapaz pra evitar que ele caísse no mundo dos crimes, como o pai?

Quando coisas desse tipo acontece ninguém se lembra dos ensinamentos do padre ou do pastor?