segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A mudança

Antes de mais nada, isso não tem nada a ver com a minha independência recentemente conquistada. Pois é, meus nobres amigos, estou livre do meu seio familiar.

Me refiro à mudança psicológica, à maneira de ver as coisas.
Conheci, há um tempo atrás, por intermédio de minha prima, duas pessoas que mais tarde viriam a se tornar meus tutores.
Pois bem, esse texto que segue, escrito por um de meus tutores, reflete muito isso.


"Mudança

Olhar o mundo em nossa volta pode parecer algo simples e rotineiro, porém enxergá-lo, de certo não são todos que conseguem desfrutar de tal "visão".
Visão esta que fere os meus olhos e com uma força devastadora invade a minha mente gerando conflitos, dor, fazendo-me repensar e criticar toda a minha existência.

Por que? O que? Como?
São questionamentos constantes em minha mente.

Enxergar esse mundo é algo doloroso, de fato, mas a satisfação em entendê-lo pode compensar, as vezes.

Por muito tempo me posicionei como todo mundo em relação à vida, posto que vivê-la para mim estava de bom tamanho. A partir do momento em que descobri meu "mestre intelectual" comecei toda uma revolução em minha psiqué, trazendo-me um mundo novo, sujo, fútil, pequeno, pobre.
Que mundo é esse? Por que só agora percebo a real forma do meio em que vivo? Valores morais? Valores sociais? Ética?
Algumas das inúmeras perguntas que me fiz e ainda faço diariamente.
Sim! O mundo em que vivemos é terrível, degradante, perverso. Para poucos vos digo, que possuem a capacidade mental de vê-los com os "olhos da mente", ou seja, aqueles que se dispêm de valores antiquados e manipuladores, e se deixam levar pelos questionamentos mais complexos e se dispõem a analisá-los.
Análises tais que podem levar uma vida inteira e desgastá-la a ponto de achar que a melhor solução é se entregar a esse mundo e viver uma vida ignorante, liquidada, fraca.
Concordo que viver uma vida ignorante é viver uma vida feliz, de fato é muito mais fácil aceitar essa realidade. Porém sentir o sabor da descoberta do seu "eu interior" e o que ele pode representar de "mal-estar" no mundo, por mais complexo que venha ser, remete uma sensação de prazer tamanha que vale a pena todo sofrimento."

Por Rômulo Ferreira.


Então, esse texto significa muito pra mim, pois além de ter me identificado bastante com ele, foi escrito pelo meu "mestre intelectual".

2 comentários:

  1. CAAAAAAAIO me juntei a ti nesse mundo, meu amor. <3

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  2. vc tem um mentor intelectual.. ok, mas intelectual? como assim, me explica!
    e que bom que vc está independente - sorte sua! eu já experimentei disso e estou ansiosa por toda a garrafa de liberdad.

    beijo!

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