Antes de mais nada, isso não tem nada a ver com a minha independência recentemente conquistada. Pois é, meus nobres amigos, estou livre do meu seio familiar.
Me refiro à mudança psicológica, à maneira de ver as coisas.
Conheci, há um tempo atrás, por intermédio de minha prima, duas pessoas que mais tarde viriam a se tornar meus tutores.
Pois bem, esse texto que segue, escrito por um de meus tutores, reflete muito isso.
"Mudança
Olhar o mundo em nossa volta pode parecer algo simples e rotineiro, porém enxergá-lo, de certo não são todos que conseguem desfrutar de tal "visão".
Visão esta que fere os meus olhos e com uma força devastadora invade a minha mente gerando conflitos, dor, fazendo-me repensar e criticar toda a minha existência.
Por que? O que? Como?
São questionamentos constantes em minha mente.
Enxergar esse mundo é algo doloroso, de fato, mas a satisfação em entendê-lo pode compensar, as vezes.
Por muito tempo me posicionei como todo mundo em relação à vida, posto que vivê-la para mim estava de bom tamanho. A partir do momento em que descobri meu "mestre intelectual" comecei toda uma revolução em minha psiqué, trazendo-me um mundo novo, sujo, fútil, pequeno, pobre.
Que mundo é esse? Por que só agora percebo a real forma do meio em que vivo? Valores morais? Valores sociais? Ética?
Algumas das inúmeras perguntas que me fiz e ainda faço diariamente.
Sim! O mundo em que vivemos é terrível, degradante, perverso. Para poucos vos digo, que possuem a capacidade mental de vê-los com os "olhos da mente", ou seja, aqueles que se dispêm de valores antiquados e manipuladores, e se deixam levar pelos questionamentos mais complexos e se dispõem a analisá-los.
Análises tais que podem levar uma vida inteira e desgastá-la a ponto de achar que a melhor solução é se entregar a esse mundo e viver uma vida ignorante, liquidada, fraca.
Concordo que viver uma vida ignorante é viver uma vida feliz, de fato é muito mais fácil aceitar essa realidade. Porém sentir o sabor da descoberta do seu "eu interior" e o que ele pode representar de "mal-estar" no mundo, por mais complexo que venha ser, remete uma sensação de prazer tamanha que vale a pena todo sofrimento."
Por Rômulo Ferreira.
Então, esse texto significa muito pra mim, pois além de ter me identificado bastante com ele, foi escrito pelo meu "mestre intelectual".
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
O Desafio
Fui desafiado pela minha dileta amiga Juliana a colocar a quarta foto da minha quarta pasta.
Pois bem. Desafio aceito. E tem que ser feito da seguinte maneira:
1. Ir até a quarta pasta, no meu pc, onde minhas imagens estão arquivadas;
2. Pegar a quarta foto, desta quarta pasta;
3. Explicar a foto;
4. Escolher quatro pessoas para fazer o mesmo.
Esse último eu vou deixar pra lá. Não sei por quê, mas deixa pra lá...

Muito bem, vamos à explicação.
A foto não é nada além do que parece. Uma praia com a areia cheia de lixo, água suja e o tempo encoberto. Nada além disso. Essa foto foi tirada no Carnaval do ano passado, não por mim.
Pois bem. Desafio aceito. E tem que ser feito da seguinte maneira:
1. Ir até a quarta pasta, no meu pc, onde minhas imagens estão arquivadas;
2. Pegar a quarta foto, desta quarta pasta;
3. Explicar a foto;
4. Escolher quatro pessoas para fazer o mesmo.
Esse último eu vou deixar pra lá. Não sei por quê, mas deixa pra lá...

Muito bem, vamos à explicação.
A foto não é nada além do que parece. Uma praia com a areia cheia de lixo, água suja e o tempo encoberto. Nada além disso. Essa foto foi tirada no Carnaval do ano passado, não por mim.
sábado, 10 de janeiro de 2009
A estatística
- Caio, você é muito frio.
É, talvez eu seja. Mas ficar sem intenet há quase duas semanas altera meu humor.
O que aconteceu foi o seguinte. No dia 28 de dezembro minha internet simplesmente caiu. Como eu viajaria no dia seguinte, não fui procurar o rapaz que a mantêm.
Quando cheguei dia 2 de janeiro, entrei em contato pra saber o que aconteceu com minha conexão e ele disse que resolveria logo.
Mas nos dias que sucederam eu mal parei em casa. Mas do meio dessa semana pra cá, eu precisei muito da internet e o cara ficou me enrolando.
Ontem à tarde eu estava em casa entediado. O tempo foi passando e a noite caindo. Comecei a ver “Eu, a patroa e as crianças” puto da vida, pois estava tocando funk e alto no bar em frente à minha casa. De repente o som para e, minutos depois eu ouço “pá, pá, pá, pá, pá”.
“Deve ser algum idiota estalando a moto.
Terminei de ver o programa e saí pra rua. Quando eu abro o portão, vejo o bar fechado, muita, mas muita gente mesmo na frente do meu portão e uma ambulância da Defesa Civil.
Encontro o meu pai e pergunto o que aconteceu.
“O Max matou o Perreca”.
“E minha internet, falou com o Carlos?”, perguntei.
“Falei com ele e ele disse que virá amanhã(hoje).”
Pasmem, meus caros. O próprio pai matou o seu primogênito.
Fui pro trailler de lanches de um amigo mas ele não estava lá. E minha rua enchendo cada vez mais.
É impressionante como as pessoas são fofoqueiras. Gente que eu nunca vi na minha vida, que nunca pisou na minha rua tava no meu portão olhando o corpo do pobre rapaz, que nessa altura já estava coberto.
Meu amigo, dono do trailler, chegou e pediu que eu o acompanhasse até a cena.
Fomos até lá, vimos e voltamos pro trailler.
“Não to acreditando nisso.”, disse ele.
“É, seu amigo virou estatística.” eu disse.
“Caio, você é muito frio.”
De fato, eu sou muito frio.
Mas saibam o que aconteceu, pelo menos as informações que chegaram aos meus ouvidos. Mas antes saibam que eu só conhecia o assassino de vista e a vítima por educação.
O Perreca, assim conhecido por todos(não sei o nome dele), colocou funk na máquina jukebox do bar. Só que o pai dele, Max, matador cuja fama é conhecida por todos, levantou-se e simplesmente desligou o máquina. O pobre menino Perreca foi tirar satisfação com o pai, falando coisas do tipo “você é dono do bar?”, “os incomodados que se mudem” e “você pensa que é muito homem, né?”.
Max levantou-se, novamente de sua cadeira, e foi pra casa. Um tempo depois, chegou ao bar de carro, adentrou o recinto e sapecou cinco tiros no próprio filho e disse “Isso é pra você saber quem é o ‘brabo’ daqui.”. Como se o pobre rapaz, já falecido, pudesse ouvir.
Mas uma coisa me chamou a atenção. Todos os crentes que eu conhecia estavam lamentando a morte do sujeito.
E eu vos pergunto, se Deus tem poder sobre nós, isso não significar que ele não tinha mais planos para a vida do menino Perreca? Ou quem sabe ele encurtou a existência do rapaz pra evitar que ele caísse no mundo dos crimes, como o pai?
Quando coisas desse tipo acontece ninguém se lembra dos ensinamentos do padre ou do pastor?
É, talvez eu seja. Mas ficar sem intenet há quase duas semanas altera meu humor.
O que aconteceu foi o seguinte. No dia 28 de dezembro minha internet simplesmente caiu. Como eu viajaria no dia seguinte, não fui procurar o rapaz que a mantêm.
Quando cheguei dia 2 de janeiro, entrei em contato pra saber o que aconteceu com minha conexão e ele disse que resolveria logo.
Mas nos dias que sucederam eu mal parei em casa. Mas do meio dessa semana pra cá, eu precisei muito da internet e o cara ficou me enrolando.
Ontem à tarde eu estava em casa entediado. O tempo foi passando e a noite caindo. Comecei a ver “Eu, a patroa e as crianças” puto da vida, pois estava tocando funk e alto no bar em frente à minha casa. De repente o som para e, minutos depois eu ouço “pá, pá, pá, pá, pá”.
“Deve ser algum idiota estalando a moto.
Terminei de ver o programa e saí pra rua. Quando eu abro o portão, vejo o bar fechado, muita, mas muita gente mesmo na frente do meu portão e uma ambulância da Defesa Civil.
Encontro o meu pai e pergunto o que aconteceu.
“O Max matou o Perreca”.
“E minha internet, falou com o Carlos?”, perguntei.
“Falei com ele e ele disse que virá amanhã(hoje).”
Pasmem, meus caros. O próprio pai matou o seu primogênito.
Fui pro trailler de lanches de um amigo mas ele não estava lá. E minha rua enchendo cada vez mais.
É impressionante como as pessoas são fofoqueiras. Gente que eu nunca vi na minha vida, que nunca pisou na minha rua tava no meu portão olhando o corpo do pobre rapaz, que nessa altura já estava coberto.
Meu amigo, dono do trailler, chegou e pediu que eu o acompanhasse até a cena.
Fomos até lá, vimos e voltamos pro trailler.
“Não to acreditando nisso.”, disse ele.
“É, seu amigo virou estatística.” eu disse.
“Caio, você é muito frio.”
De fato, eu sou muito frio.
Mas saibam o que aconteceu, pelo menos as informações que chegaram aos meus ouvidos. Mas antes saibam que eu só conhecia o assassino de vista e a vítima por educação.
O Perreca, assim conhecido por todos(não sei o nome dele), colocou funk na máquina jukebox do bar. Só que o pai dele, Max, matador cuja fama é conhecida por todos, levantou-se e simplesmente desligou o máquina. O pobre menino Perreca foi tirar satisfação com o pai, falando coisas do tipo “você é dono do bar?”, “os incomodados que se mudem” e “você pensa que é muito homem, né?”.
Max levantou-se, novamente de sua cadeira, e foi pra casa. Um tempo depois, chegou ao bar de carro, adentrou o recinto e sapecou cinco tiros no próprio filho e disse “Isso é pra você saber quem é o ‘brabo’ daqui.”. Como se o pobre rapaz, já falecido, pudesse ouvir.
Mas uma coisa me chamou a atenção. Todos os crentes que eu conhecia estavam lamentando a morte do sujeito.
E eu vos pergunto, se Deus tem poder sobre nós, isso não significar que ele não tinha mais planos para a vida do menino Perreca? Ou quem sabe ele encurtou a existência do rapaz pra evitar que ele caísse no mundo dos crimes, como o pai?
Quando coisas desse tipo acontece ninguém se lembra dos ensinamentos do padre ou do pastor?
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